26 de agosto
sumido, de repente, quase de mim mesmo.
atrapalhado com os atrasos no trampo.
assoberbado de saberes inúteis.
encalacrado nas tecnologias que nos mandam
não repousar, jamais descansar.
o zé guru (josé dos santos, meu caro)
nota que pareço deprimido.
pareço? apenas isso?
21 de agosto
hoje fico até mais tarde no trampo.
amanhã venho novamente.
tirando o atraso por serviço que me consome.
mas não posso reclamar. é o que prometo.
terei amanhã de resolver não gastar tanto
em comida, em bebes. porque ficarei
só aqui, só, aqui. aqui só.
sigo o alon em seu tuitear e não
me arrependo. ele fala como eu gostaria
de fazer, mas eu me escondi aqui
e não posso mais reclamar de nada.
é um lugar como qualquer outro.
mas é meu lugar, realmente. algo
faço aqui que faz alguma diferença.
é pouco, mas. o que me resta.
20 de agosto
não sei o que quero.
mas o que quero parece simples.
quero uma vida, simplesmente.
com todos os custos e prêmios decorrentes.
16 de agosto
ainda me acostumando à novidade
do tuíter em minha vida. e aprendendo
adoidado.
#
revejo sentimentos de pavor
e de extrema satisfação ao sentir
que minha vida vivida
é real, que possuímos uma vida a dois,
que temos um ao outro para valer,
e que nada irá se desfazer assim,
sem mais nem menos, a não ser
que queiramos ou se formos levados
a isso. tenho uma vida real.
#
a leitura de obras mestras
conduz-me a uma excessiva
reverência. leio economia e sociedade,
de weber, e percebo como isso
desaparece tão logo enfrento
o touro pegando pelos chifres.
não preciso derrotar nada nem
ninguém, basta aceitar que estou
diante de um monumento,
e que SOU EU quem está vivo.
#
Penetralia said...
Oi, Rodrigo, feliz aniversário!
Happy Days beckettianos para nós.
Os debates no senado são ótimos de ver, adoro esses barracos.
Queria que alguém jogasse literalmente bosta no ventilador.
&
sumido, de repente, quase de mim mesmo.
atrapalhado com os atrasos no trampo.
assoberbado de saberes inúteis.
encalacrado nas tecnologias que nos mandam
não repousar, jamais descansar.
o zé guru (josé dos santos, meu caro)
nota que pareço deprimido.
pareço? apenas isso?
21 de agosto
hoje fico até mais tarde no trampo.
amanhã venho novamente.
tirando o atraso por serviço que me consome.
mas não posso reclamar. é o que prometo.
terei amanhã de resolver não gastar tanto
em comida, em bebes. porque ficarei
só aqui, só, aqui. aqui só.
sigo o alon em seu tuitear e não
me arrependo. ele fala como eu gostaria
de fazer, mas eu me escondi aqui
e não posso mais reclamar de nada.
é um lugar como qualquer outro.
mas é meu lugar, realmente. algo
faço aqui que faz alguma diferença.
é pouco, mas. o que me resta.
20 de agosto
não sei o que quero.
mas o que quero parece simples.
quero uma vida, simplesmente.
com todos os custos e prêmios decorrentes.
16 de agosto
ainda me acostumando à novidade
do tuíter em minha vida. e aprendendo
adoidado.
#
revejo sentimentos de pavor
e de extrema satisfação ao sentir
que minha vida vivida
é real, que possuímos uma vida a dois,
que temos um ao outro para valer,
e que nada irá se desfazer assim,
sem mais nem menos, a não ser
que queiramos ou se formos levados
a isso. tenho uma vida real.
#
a leitura de obras mestras
conduz-me a uma excessiva
reverência. leio economia e sociedade,
de weber, e percebo como isso
desaparece tão logo enfrento
o touro pegando pelos chifres.
não preciso derrotar nada nem
ninguém, basta aceitar que estou
diante de um monumento,
e que SOU EU quem está vivo.
#
Penetralia said...
Oi, Rodrigo, feliz aniversário!
Happy Days beckettianos para nós.
Os debates no senado são ótimos de ver, adoro esses barracos.
Queria que alguém jogasse literalmente bosta no ventilador.
&
Rodrigo disse...
obrigado, cara.
mesmo
contrera
6 de agosto
leio o inominável e como que não entendo
o que não acontece pois em mim nos dias reais
é o que menos acontece.
*
como que eu atraso o momento em que
algo me dirá o que tudo isso tem a ver comigo;
como que eu me atraiçôo, ao fazer isso,
enquanto os outros avançam rumo
a lugares ou posições que eles querem ocupar.
mas eu como que fico, como que resto,
como que permaneço no mesmo lugar,
que eu não sei bem qual é, esse lugar,
se meu ou de alguém, se meu ou de ninguém.
*
tudo um esforço interno, algo que parece exigir-me
demais, como se eu estivesse magoando alguém,
quando na verdade eu apenas tento tirar um atraso
malsinado pela minha condição de eterno expatriado.
em parte é isso o que tanto me aproxima do cioran:
obrigado, cara.
mesmo
contrera
6 de agosto
leio o inominável e como que não entendo
o que não acontece pois em mim nos dias reais
é o que menos acontece.
*
como que eu atraso o momento em que
algo me dirá o que tudo isso tem a ver comigo;
como que eu me atraiçôo, ao fazer isso,
enquanto os outros avançam rumo
a lugares ou posições que eles querem ocupar.
mas eu como que fico, como que resto,
como que permaneço no mesmo lugar,
que eu não sei bem qual é, esse lugar,
se meu ou de alguém, se meu ou de ninguém.
*
tudo um esforço interno, algo que parece exigir-me
demais, como se eu estivesse magoando alguém,
quando na verdade eu apenas tento tirar um atraso
malsinado pela minha condição de eterno expatriado.
em parte é isso o que tanto me aproxima do cioran:
esse sentimento de que tudo parece não fazer nada
em nós, em nosso interior, em nossa emoção;
tudo emoldurado por um sentimento de estranheza,
enquanto que os outros vivem, simplesmente,
e eu como que não consigo fazê-lo, assim de simples.
*
tudo poderia ter sido mais fácil.
eu poderia ter decidido sem enrolar ninguém.
mas não: eu enrolei - por não aceitar o que quero -
uns e outros, rumo a lugar algum.
*
e amanhã será meu niver.
42 anos, quem diria.
eu que nem 20 anos tenho.
pois praticamente vivo
no reino da fantasia, de minhas
fantasias.
quem me conhece, sabe.
estou assoberbado de tantos
anos, tantos mal-acabados.
&
o que sei é que AMO assistir a tv câmara.
em nós, em nosso interior, em nossa emoção;
tudo emoldurado por um sentimento de estranheza,
enquanto que os outros vivem, simplesmente,
e eu como que não consigo fazê-lo, assim de simples.
*
tudo poderia ter sido mais fácil.
eu poderia ter decidido sem enrolar ninguém.
mas não: eu enrolei - por não aceitar o que quero -
uns e outros, rumo a lugar algum.
*
e amanhã será meu niver.
42 anos, quem diria.
eu que nem 20 anos tenho.
pois praticamente vivo
no reino da fantasia, de minhas
fantasias.
quem me conhece, sabe.
estou assoberbado de tantos
anos, tantos mal-acabados.
&
o que sei é que AMO assistir a tv câmara.
ontem foram os debates (inócuos, a maioria)
sobre a MP460. hoje, sei lá, acho que nada.
eu poderia ter ficado horas em frente
à tela e aos debates. fiquei meras duas horas.
a cris depois assistiu natgeo.
eu não sei o que me acontece.
mas começo a descobrir mais sobre
mim mesmo do que eu próprio poderia
ter imaginado.
@
Penetralia said...
Rodrigo: aqui tudo me parece como um grande e único post.
Rodrigo: quem sabe, dependendo de outras pessoas?
Com viciados em heroína é assim, entram com metadona.
Talvez vc seja um viciado em cris-tina.
sobre a MP460. hoje, sei lá, acho que nada.
eu poderia ter ficado horas em frente
à tela e aos debates. fiquei meras duas horas.
a cris depois assistiu natgeo.
eu não sei o que me acontece.
mas começo a descobrir mais sobre
mim mesmo do que eu próprio poderia
ter imaginado.
@
Penetralia said...
Rodrigo: aqui tudo me parece como um grande e único post.
Rodrigo: quem sabe, dependendo de outras pessoas?
Com viciados em heroína é assim, entram com metadona.
Talvez vc seja um viciado em cris-tina.
21 de julho, 12h51
em crise terrível. queria falar com ela.
com minha esposa. minha luz. mas
ela reclama que estou dependente demais.
ela tem razão. mas não consigo
menos, não consigo deixar de pensar,
deixar de imaginar tudo,
tudo para nós, para ela, para mim.
penso em nós de forma nada
saudável. é o único norte esse
nós em minha vida.
18 de julho, 15h59
a cris sai, vai trampar, fico em casa
lendo sobre rousseau, ouvindo braxton,
ad infinitum,
encontro o rafa no msn, trocamos arquivos,
pronto, com isso ele fará a edição do som.
por isso amo a tecnologia,
por isso a detesto.
14 de julho, 19h39
entrevistas, pequenas visitas,
nada de muito novo, e pessoas
desconhecidas que não deixam
muita impressão. é o trabalho
nosso de cada dia. enquanto isso,
a cris continua com a dor de dentes
e temos de procurar o remédio.
12 de julho, 21h24
comovo-me algo com darfur
- sou difícil de comover, no fundo -
e posto UMA mensagem sobre o assunto
no tuiter. logo em seguida, um rapaz
chamado jeff smith me acha e coloca-se
seguindo-me. é inacreditável como é
esta tecnologia. entro lá, no tuiter
dele, assisto e mais uma vez me
comovo. é assombroso, tudo isso.
pelo jeito, a coisa pega mesmo pelo
pé. nada contra. realmente, nada
contra. agora sei como vai ser
minha próxima minipeça. agora sei.
não simplesmente sobre darfur.
não simplesmente.
12 de julho, 19h59
foram apenas uns 30 minutos. a cris
me deixou à vontade. vendo o vídeo
sobre darfur, motivado pelo simples fato
de que sou um jornalista, e não posso
estar alheio ao que nos acontece.
choro muito pouquinho, mas estou
melhor agora, sabendo o que acontece,
e sabendo que não tenho mais vergonha
de ser o chato da paróquia levantando
assuntos relevantes como esse.
12 de julho, 12h09
venho nas últimas horas, dos últimos dias,
deixando me influenciar demais pela retomada
de hábitos que eu havia perdido, por medo.
que medo, esse. medo de ser eu mesmo,
de ter minhas escolhas de ordem
profissional e pessoal. medo de gostar de um
certo mundo que me faz.
o mais recente moto com o qual retomei
a mim mesmo foi a entrevista que o gilles
lapouge deu à laura, no último o estado.
pois lá ele se autoclassifica como geógrafo
por deformação, por homem que por
curtir se perder acabou deslocando
grande esforço num estudo ao qual
ele não possuía qualquer vocação.
comigo acontece como que o mesmo
mas com uma série enorme de pontos
e disciplinas. algumas delas a música,
a filosofia, a antropologia, a sociologia,
tudo o que me move de certo ponto sem
conseguir parar de ser eu mesmo
11 de julho, 20h32
tento pegar sócrates, do rossellini,
mas não consigo. fica proutra vez.
mas pego docu muito forte sobre darfur.
a cris faz aquela reclamação de
sempre - eu levo a vida a sério demais -,
mas argumento e ela aceita. não vai assistir comigo.
mas agora aproveito o tempo
para fazer uns ovos mexidos,
economizando o que ela gastou
no bigmac. agora ela faz inalação
com buchinha do norte. não temos
como sair, assim, sem mais nem menos.
nada nos anima tanto e o tempo frio desanima
ainda mais. o lúcio manda mensagens,
ainda acho que ele leva as reações do gerald
a sério demais. amo o cara, o gerald,
mas ele também me disse, melhor ligar
o foda-se.
e a net fica para amanhã, domingo,
autorizados por mim, síndico. sei que
crio exceção, mas não ligo.
11 de julho, 17h22
meu maior objetivo sempre foi saber:
em crise terrível. queria falar com ela.
com minha esposa. minha luz. mas
ela reclama que estou dependente demais.
ela tem razão. mas não consigo
menos, não consigo deixar de pensar,
deixar de imaginar tudo,
tudo para nós, para ela, para mim.
penso em nós de forma nada
saudável. é o único norte esse
nós em minha vida.
18 de julho, 15h59
a cris sai, vai trampar, fico em casa
lendo sobre rousseau, ouvindo braxton,
ad infinitum,
encontro o rafa no msn, trocamos arquivos,
pronto, com isso ele fará a edição do som.
por isso amo a tecnologia,
por isso a detesto.
14 de julho, 19h39
entrevistas, pequenas visitas,
nada de muito novo, e pessoas
desconhecidas que não deixam
muita impressão. é o trabalho
nosso de cada dia. enquanto isso,
a cris continua com a dor de dentes
e temos de procurar o remédio.
12 de julho, 21h24
comovo-me algo com darfur
- sou difícil de comover, no fundo -
e posto UMA mensagem sobre o assunto
no tuiter. logo em seguida, um rapaz
chamado jeff smith me acha e coloca-se
seguindo-me. é inacreditável como é
esta tecnologia. entro lá, no tuiter
dele, assisto e mais uma vez me
comovo. é assombroso, tudo isso.
pelo jeito, a coisa pega mesmo pelo
pé. nada contra. realmente, nada
contra. agora sei como vai ser
minha próxima minipeça. agora sei.
não simplesmente sobre darfur.
não simplesmente.
12 de julho, 19h59
foram apenas uns 30 minutos. a cris
me deixou à vontade. vendo o vídeo
sobre darfur, motivado pelo simples fato
de que sou um jornalista, e não posso
estar alheio ao que nos acontece.
choro muito pouquinho, mas estou
melhor agora, sabendo o que acontece,
e sabendo que não tenho mais vergonha
de ser o chato da paróquia levantando
assuntos relevantes como esse.
12 de julho, 12h09
venho nas últimas horas, dos últimos dias,
deixando me influenciar demais pela retomada
de hábitos que eu havia perdido, por medo.
que medo, esse. medo de ser eu mesmo,
de ter minhas escolhas de ordem
profissional e pessoal. medo de gostar de um
certo mundo que me faz.
o mais recente moto com o qual retomei
a mim mesmo foi a entrevista que o gilles
lapouge deu à laura, no último o estado.
pois lá ele se autoclassifica como geógrafo
por deformação, por homem que por
curtir se perder acabou deslocando
grande esforço num estudo ao qual
ele não possuía qualquer vocação.
comigo acontece como que o mesmo
mas com uma série enorme de pontos
e disciplinas. algumas delas a música,
a filosofia, a antropologia, a sociologia,
tudo o que me move de certo ponto sem
conseguir parar de ser eu mesmo
11 de julho, 20h32
tento pegar sócrates, do rossellini,
mas não consigo. fica proutra vez.
mas pego docu muito forte sobre darfur.
a cris faz aquela reclamação de
sempre - eu levo a vida a sério demais -,
mas argumento e ela aceita. não vai assistir comigo.
mas agora aproveito o tempo
para fazer uns ovos mexidos,
economizando o que ela gastou
no bigmac. agora ela faz inalação
com buchinha do norte. não temos
como sair, assim, sem mais nem menos.
nada nos anima tanto e o tempo frio desanima
ainda mais. o lúcio manda mensagens,
ainda acho que ele leva as reações do gerald
a sério demais. amo o cara, o gerald,
mas ele também me disse, melhor ligar
o foda-se.
e a net fica para amanhã, domingo,
autorizados por mim, síndico. sei que
crio exceção, mas não ligo.
11 de julho, 17h22
meu maior objetivo sempre foi saber:
descobrir, entender, ser o primeiro.
nesse sentido, até que ajudam as resenhas do
jornal de resenhas. porém, fico insatisfeito
com a qualidade de certos materiais,
parecendo terem sido escritos às pressas,
meio que jogando as palavras, como se estas
mal importassem, como se pudesse sair
qualquer coisa. mais um sintoma da decadência
uspiana.
#
esperamos a cris e eu o pessoal da net.
everton araújo, o dito cujo.
enquanto isso, leio - assombrado -
o jornal de resenhas 3 da discurso editorial,
ou seja, da usp. e admito maravilhado
como tantos links - alguns antiquados, quase
todos - me animam a sair da modorra
em que - acredito - minha depressão
me meteu. não adianta mais - tanto -
ir atrás dos porquês de minha inamobilidade.
resta-me (-nos) apenas andar. keep walking.
10 de julho, 18h49
admito no tuíter
para o lúcio
que realmente eu não trabalho
MINHAS fixações. como se me sentisse
diminuído por elas, ou sentisse
que realmente isso iria me colocar
à prova. sim, taí. é preciso sair
da redoma de vidro em que eu
próprio simplesmente me coloquei.
#
mais importante que ter o que compartilhar
via tuiter, blogs ou recursos que não páram
de crescer e de dominar mentes,
deveria ser possuir bom senso para melhor
guiar o que podemos em nossos mundos.
mas reparo que tantos recursos levam
a grande maioria das vezes à inação.
não fazemos nada porque simplesmente
é mais fácil ficarmos sentados fingindo
que conversamos com alguém.
claro que há muito o que aproveitar.
mas a tecnologia poderia ser mais
efetiva, realmente. permitindo bloquear
por exemplo
atos ilegítimos, e assim por diante.
mas ela por enquanto
serve apenas para descortinar
o mundo; não é pouco, mas já é pouco.
10 de julho, 12h51
intervado do serviço.
tirando fita com entrevista.
mas tá tão chato ficar aqui, este
dia deslocado, deslocado do mundo.
independente:
o gerald tá chateado com o
mau-trato que o meirelles
faz de sua imagem (do gerald),
fazendo uso do personagem
oswaldo thomaz, em som e fúria.
eu, de minha parte, acho
injusto. cá comigo, creio
que o grande chamariz que faz
do gerald vítima contumaz dos
invejosos está em que ele não
se limita: quer todo o mundo,
muito embora não consiga -
como ninguém consegue - abarcá-lo.
deverá ser - nos devidos limites -
meu próprio destino. isso desde já
acontece, em minúscula escala.
é um peso enorme ter talento,
mais do que os outros gostariam
de ver. mas cada um precisa
aceitar o seu próprio destino.
ligue, não, gerald, digo a ele:
nesse sentido, até que ajudam as resenhas do
jornal de resenhas. porém, fico insatisfeito
com a qualidade de certos materiais,
parecendo terem sido escritos às pressas,
meio que jogando as palavras, como se estas
mal importassem, como se pudesse sair
qualquer coisa. mais um sintoma da decadência
uspiana.
#
esperamos a cris e eu o pessoal da net.
everton araújo, o dito cujo.
enquanto isso, leio - assombrado -
o jornal de resenhas 3 da discurso editorial,
ou seja, da usp. e admito maravilhado
como tantos links - alguns antiquados, quase
todos - me animam a sair da modorra
em que - acredito - minha depressão
me meteu. não adianta mais - tanto -
ir atrás dos porquês de minha inamobilidade.
resta-me (-nos) apenas andar. keep walking.
10 de julho, 18h49
admito no tuíter
para o lúcio
que realmente eu não trabalho
MINHAS fixações. como se me sentisse
diminuído por elas, ou sentisse
que realmente isso iria me colocar
à prova. sim, taí. é preciso sair
da redoma de vidro em que eu
próprio simplesmente me coloquei.
#
mais importante que ter o que compartilhar
via tuiter, blogs ou recursos que não páram
de crescer e de dominar mentes,
deveria ser possuir bom senso para melhor
guiar o que podemos em nossos mundos.
mas reparo que tantos recursos levam
a grande maioria das vezes à inação.
não fazemos nada porque simplesmente
é mais fácil ficarmos sentados fingindo
que conversamos com alguém.
claro que há muito o que aproveitar.
mas a tecnologia poderia ser mais
efetiva, realmente. permitindo bloquear
por exemplo
atos ilegítimos, e assim por diante.
mas ela por enquanto
serve apenas para descortinar
o mundo; não é pouco, mas já é pouco.
10 de julho, 12h51
intervado do serviço.
tirando fita com entrevista.
mas tá tão chato ficar aqui, este
dia deslocado, deslocado do mundo.
independente:
o gerald tá chateado com o
mau-trato que o meirelles
faz de sua imagem (do gerald),
fazendo uso do personagem
oswaldo thomaz, em som e fúria.
eu, de minha parte, acho
injusto. cá comigo, creio
que o grande chamariz que faz
do gerald vítima contumaz dos
invejosos está em que ele não
se limita: quer todo o mundo,
muito embora não consiga -
como ninguém consegue - abarcá-lo.
deverá ser - nos devidos limites -
meu próprio destino. isso desde já
acontece, em minúscula escala.
é um peso enorme ter talento,
mais do que os outros gostariam
de ver. mas cada um precisa
aceitar o seu próprio destino.
ligue, não, gerald, digo a ele:
os cães ladram, a caravana passa.
enquanto isso, penso em chamar
atores para minha pequena apresentação
futura nas satyrianas. chamo o rafa
contudo
e ele não responde.
9 de julho, 23h15
assisto.
e gosto. fazer o quê.
http://en.wikipedia.org/wiki/Slings_and_Arrows
9 de julho, 21h31
ouço Arbos, de pärt, inteira, e percebo
que a economia de seu minimalismo contagia
meu teatro. realmente não entendo
por que se fala tanta coisa, tanta coisa
que não atinge os corações. eu clamo
na verdade
por formas de dizer apenas o que se necessita
dizer, e nisso gasto meus esforços - não
em vão.
#
ouço agora, enquanto não me decido
se assisto a som e fúria, o
msa glagolskaja amarus,
de janacek. e percebo que
quando pergunto ao lúcio como ele
faz para ouvir ópera, é porque
eu entendo como ópera
só as peças realmente relevantes,
e se possível recentes.
9 de julho, 20h59
não sei se me disponho a esperar tanto
para ver o pessoal do teatro se engalfinhar
em som & fúria. estou longe de participar
a esse ponto, como espero sempre estar, aliás.
prefiro ficar quieto, ouvindo arbos de pärt.
amanhã, aliás, o dia será longo, na medida
em que não houve feriado prolongado,
e em que a própria cris terá de trabalhar
de casa mesmo.
#
como eu gostaria de entender do teatro
longevo, desse que perpassa as eras.
é ao que sei essa a única forma real
pela qual gente sem eira nem beira
como eu pode deixar alguma marca
no presente, futuro e passado.
quem sabe por isso eu invista tanto
em tantos sonhos, que podem não
ser frustrados, caso eu não pise
ou mije fora do penico.
#
converto os dizeres do tuiter em
diálogos comigo mesmo em meu blog
comentariosdocontrera.blogspot.com
é como se eu me desse importância
demais, sei. mas não quero perder
as pegadas que deixo sem querer
por aí.
#
9 de julho, 14h37
retomo minhas audições de arvo part, desta ver com arbos.
preciso de qualquer maneira encarar essa
seriedade ultrarreligiosa que ele defende,
uma hiperreligiosidade fundada no poder da música.
ele comenta aliás isso tudo naquela entrevista
que a björk dele fez. ele comenta e diz, a música,
neste mundo em que tudo mata, em que tudo
parece feito para mais matar e matar,
a música pode salvar. tudo a ver comigo.
#
agora que eu tuíto (onde já se viu isso virar verbo),
pode parecer que o resto das coisas
virou antiguidade. não bem verdade.
reparo, ao invés, que os posts do tuiter
simplemente reproduzem a intenção
particularíssima de qualquer um. reproduzem mesmo.
e vemo-nos face uma outra forma de reaproximarmo-
nos de nós mesmos por meio dos outros.
#
meu twitter: www.twitter.com/rcontrera
#
claro, cara, como não!
@
Lúcio Jr. said...
Oi, Rodrigo. Não tenho a menor ideia de como corrigir a tal história do script. Me dê uma luz! Para colocar vídeo, vc tem que jogar o endereço que está no youtube em "incorporar" lá no mesmo lugar onde vc publica texto.Vou procurar sobre SOm e Fúria. Vou a Campinas agora com mais frequência daqui por diante, vamos ver se a gente combina um dia eu ver sua peça lá na sua casa. Abs do Lúcio Jr.
#
8 de julho, 19h41 (último post):
#
não sei se vocês repararam, mas eu
como que me reaproximo do mundo
só agora, por trauma, mal digerido.
e por isso encaro como uma revolução
que eu possa acompanhar e comentar
tudo o que vai me invadindo, por simplesmente
acontecer. como agora, em que ricardo
kotscho, esse tão incensado por meus ex-
colegas, remete ao prêmio recebido pelo lula:
e dizendo que a grande imprensa bulhufas.
é verdade, kotscho. mas... ah, vai,
deixa pra lá.
o lula tem quem o defenda.
e quem o ataque. prefiro continuar
sendo ninguém.
#
aproveito porque me lembrei.
há alguns meses, por ocasião de uma premiação -
de uma outra pessoa - entrevistei-a para a revista
em que trabalho. e reparei que o que ela queria
é PERMANECER. na memória de alguém
ou na própria. ela pediu que enviássemos
vários exemplares da revista. e depois me
ligou agradecendo. hoje que podemos
permanecer - mais do que nunca podemos -
quem mais quer isso? não há mais essa
necessidade pois estamos em todo lugar!!!
#
eis que postei um comentário
no blog do estudio 11 (http://www.estudio11.blogspot.com/):
não me recordo tão bem (embora tenha sido agorinha, mas é mais ou
menos: "gostaria que você excluísse meu comentário. você
poderia fazê-lo? por favor...
contrera)
sei lá por que fiz isso.
deu vontade.
#
e realmente mais que percebo
que no convívio dos dias-a-dias eu
NÃO CONSIGO aceitar o comportamento
dos que pretendem passar o tempo
coçando em serviço - só porque por algum
motivo estão insatisfeitos -
e que me aproxima sempre mais
dos que estão mais acima, sempre mais acima.
acabo ficando claro preciosista, como se
fosse necessário ser phd para conversar
comigo. mas é que a moral dos de baixo
me incomoda, quando não se sujeitam
ao fato de estarem simplesmente embaixo.
valorizo sumamente por outro lado
os humildes que se sabem embaixo mas
que fazem de tudo para subir e terem
vidas decentes. sei lá.
não soube me expressar.
simplesmente o que queria dizer
é que não CONSIGO lidar com os medianos.
só consigo mesmo lidar com o poder supremo
e a ausência de qualquer pretensão a poder.
como se a vida fosse uma escolha interminável
pelo prisma moral desejado.
#
entendo agora (agora! agora!)
que minha insatisfação com as regras do
jornalismo atual (no qual são pregadas na cabeça
do transeunte os códigos da necessária objetividade)
coincide com minha absurda (pois exagerada)
necessidade de expressão. hoje, em visita
à dupont, para entrevista, reparei que
eu preciso realmente - e sempre precisei -
de uma viável válvula de escape, por ter-me
sujeitado tempo demais - ou vezes sem
conta - ao suposto saber - um saber, sim, mas
não refletido por mim - das autoridades,
dentre elas mãe, pai, professores, mais velhos,
etc. só agora percebo isso. só agora.
mas pelo menos percebo.
ah, e sobre a dupont. gostei do que vi.
aprendi algo de convívio intercompanhia.
mas ainda me ressinto da ausência de calor
em companhias como aquelas. pelo menos
do calor de que eu necessito.
#
sempre que eu me exalto - para cima ou para baixo -
tendo a dar um enter nas linhas aqui
e isso deixa tudo meio bagunçado no entrelinhamento.
é curioso reparar quando cometo o erro.
sempre que me irrito, ou que começo a dizer
o que me afeta, realmente. vou deixar assim.
#
o lúcio deixa aqui
mensagens de comentário
em post que eu já deixei há muito.
deve ficar mais fácil para ele
ir até o final da página.
coitado. quanta bagunça faço
também aqui...
#
eu gostaria de saber quantas provas
são realmente necessárias pela câmara
para cassarem um sujeito (refiro-me ao edmar
moreira, o do castelo) que admitiu cometer
o que não se deveria. claro que eu
ao comentar isto aqui deveria ler o relatório
do deputado lá do piauí. mas ou não posso
ou não quero. mas mesmo assim gostaria
de saber. é interessante tanto procedimento
para nada de resolução.
#
sem teto vão pedir ajuda a lula
na casa que só é dele quando ele larga
o osso em brasília - ou quando deixa de viajar.
estará o pessoal mal-informado, ou desesperado?
enquanto isso, penso em chamar
atores para minha pequena apresentação
futura nas satyrianas. chamo o rafa
contudo
e ele não responde.
9 de julho, 23h15
assisto.
e gosto. fazer o quê.
http://en.wikipedia.org/wiki/Slings_and_Arrows
9 de julho, 21h31
ouço Arbos, de pärt, inteira, e percebo
que a economia de seu minimalismo contagia
meu teatro. realmente não entendo
por que se fala tanta coisa, tanta coisa
que não atinge os corações. eu clamo
na verdade
por formas de dizer apenas o que se necessita
dizer, e nisso gasto meus esforços - não
em vão.
#
ouço agora, enquanto não me decido
se assisto a som e fúria, o
msa glagolskaja amarus,
de janacek. e percebo que
quando pergunto ao lúcio como ele
faz para ouvir ópera, é porque
eu entendo como ópera
só as peças realmente relevantes,
e se possível recentes.
9 de julho, 20h59
não sei se me disponho a esperar tanto
para ver o pessoal do teatro se engalfinhar
em som & fúria. estou longe de participar
a esse ponto, como espero sempre estar, aliás.
prefiro ficar quieto, ouvindo arbos de pärt.
amanhã, aliás, o dia será longo, na medida
em que não houve feriado prolongado,
e em que a própria cris terá de trabalhar
de casa mesmo.
#
como eu gostaria de entender do teatro
longevo, desse que perpassa as eras.
é ao que sei essa a única forma real
pela qual gente sem eira nem beira
como eu pode deixar alguma marca
no presente, futuro e passado.
quem sabe por isso eu invista tanto
em tantos sonhos, que podem não
ser frustrados, caso eu não pise
ou mije fora do penico.
#
converto os dizeres do tuiter em
diálogos comigo mesmo em meu blog
comentariosdocontrera.blogspot.com
é como se eu me desse importância
demais, sei. mas não quero perder
as pegadas que deixo sem querer
por aí.
#
9 de julho, 14h37
retomo minhas audições de arvo part, desta ver com arbos.
preciso de qualquer maneira encarar essa
seriedade ultrarreligiosa que ele defende,
uma hiperreligiosidade fundada no poder da música.
ele comenta aliás isso tudo naquela entrevista
que a björk dele fez. ele comenta e diz, a música,
neste mundo em que tudo mata, em que tudo
parece feito para mais matar e matar,
a música pode salvar. tudo a ver comigo.
#
agora que eu tuíto (onde já se viu isso virar verbo),
pode parecer que o resto das coisas
virou antiguidade. não bem verdade.
reparo, ao invés, que os posts do tuiter
simplemente reproduzem a intenção
particularíssima de qualquer um. reproduzem mesmo.
e vemo-nos face uma outra forma de reaproximarmo-
nos de nós mesmos por meio dos outros.
#
meu twitter: www.twitter.com/rcontrera
#
claro, cara, como não!
@
Lúcio Jr. said...
Oi, Rodrigo. Não tenho a menor ideia de como corrigir a tal história do script. Me dê uma luz! Para colocar vídeo, vc tem que jogar o endereço que está no youtube em "incorporar" lá no mesmo lugar onde vc publica texto.Vou procurar sobre SOm e Fúria. Vou a Campinas agora com mais frequência daqui por diante, vamos ver se a gente combina um dia eu ver sua peça lá na sua casa. Abs do Lúcio Jr.
#
8 de julho, 19h41 (último post):
#
não sei se vocês repararam, mas eu
como que me reaproximo do mundo
só agora, por trauma, mal digerido.
e por isso encaro como uma revolução
que eu possa acompanhar e comentar
tudo o que vai me invadindo, por simplesmente
acontecer. como agora, em que ricardo
kotscho, esse tão incensado por meus ex-
colegas, remete ao prêmio recebido pelo lula:
e dizendo que a grande imprensa bulhufas.
é verdade, kotscho. mas... ah, vai,
deixa pra lá.
o lula tem quem o defenda.
e quem o ataque. prefiro continuar
sendo ninguém.
#
aproveito porque me lembrei.
há alguns meses, por ocasião de uma premiação -
de uma outra pessoa - entrevistei-a para a revista
em que trabalho. e reparei que o que ela queria
é PERMANECER. na memória de alguém
ou na própria. ela pediu que enviássemos
vários exemplares da revista. e depois me
ligou agradecendo. hoje que podemos
permanecer - mais do que nunca podemos -
quem mais quer isso? não há mais essa
necessidade pois estamos em todo lugar!!!
#
eis que postei um comentário
no blog do estudio 11 (http://www.estudio11.blogspot.com/):
não me recordo tão bem (embora tenha sido agorinha, mas é mais ou
menos: "gostaria que você excluísse meu comentário. você
poderia fazê-lo? por favor...
contrera)
sei lá por que fiz isso.
deu vontade.
#
e realmente mais que percebo
que no convívio dos dias-a-dias eu
NÃO CONSIGO aceitar o comportamento
dos que pretendem passar o tempo
coçando em serviço - só porque por algum
motivo estão insatisfeitos -
e que me aproxima sempre mais
dos que estão mais acima, sempre mais acima.
acabo ficando claro preciosista, como se
fosse necessário ser phd para conversar
comigo. mas é que a moral dos de baixo
me incomoda, quando não se sujeitam
ao fato de estarem simplesmente embaixo.
valorizo sumamente por outro lado
os humildes que se sabem embaixo mas
que fazem de tudo para subir e terem
vidas decentes. sei lá.
não soube me expressar.
simplesmente o que queria dizer
é que não CONSIGO lidar com os medianos.
só consigo mesmo lidar com o poder supremo
e a ausência de qualquer pretensão a poder.
como se a vida fosse uma escolha interminável
pelo prisma moral desejado.
#
entendo agora (agora! agora!)
que minha insatisfação com as regras do
jornalismo atual (no qual são pregadas na cabeça
do transeunte os códigos da necessária objetividade)
coincide com minha absurda (pois exagerada)
necessidade de expressão. hoje, em visita
à dupont, para entrevista, reparei que
eu preciso realmente - e sempre precisei -
de uma viável válvula de escape, por ter-me
sujeitado tempo demais - ou vezes sem
conta - ao suposto saber - um saber, sim, mas
não refletido por mim - das autoridades,
dentre elas mãe, pai, professores, mais velhos,
etc. só agora percebo isso. só agora.
mas pelo menos percebo.
ah, e sobre a dupont. gostei do que vi.
aprendi algo de convívio intercompanhia.
mas ainda me ressinto da ausência de calor
em companhias como aquelas. pelo menos
do calor de que eu necessito.
#
sempre que eu me exalto - para cima ou para baixo -
tendo a dar um enter nas linhas aqui
e isso deixa tudo meio bagunçado no entrelinhamento.
é curioso reparar quando cometo o erro.
sempre que me irrito, ou que começo a dizer
o que me afeta, realmente. vou deixar assim.
#
o lúcio deixa aqui
mensagens de comentário
em post que eu já deixei há muito.
deve ficar mais fácil para ele
ir até o final da página.
coitado. quanta bagunça faço
também aqui...
#
eu gostaria de saber quantas provas
são realmente necessárias pela câmara
para cassarem um sujeito (refiro-me ao edmar
moreira, o do castelo) que admitiu cometer
o que não se deveria. claro que eu
ao comentar isto aqui deveria ler o relatório
do deputado lá do piauí. mas ou não posso
ou não quero. mas mesmo assim gostaria
de saber. é interessante tanto procedimento
para nada de resolução.
#
sem teto vão pedir ajuda a lula
na casa que só é dele quando ele larga
o osso em brasília - ou quando deixa de viajar.
estará o pessoal mal-informado, ou desesperado?
sugeriria que a última opção é mais válida.
eu tenho uma certa queda por sem teto:
eu tenho uma certa queda por sem teto:
pois por pouco não viro um; pois entendo
o que sofrem, todos; porque me amiguei
no bom sentido
da revista ocas, de sem teto.
#
tá na hora de a gente entender que
em termos de escândalos qualquer contemporização
é ruim para uma efetiva (legítima) resolução
de problemas. não deveria à opinião pública
interessar qualquer promessa por parte do
senado absolutamente corroído por ilegalidades.
deveria, isto sim, ser exigido o desmonte
de toda a parafernália que guiou a casa
nos últimos trinta anos. isso não significa
mandar senadores para casa - muito embora
vários, muitos deles, o mereçam. significa
destituir, sem necessidade de qualquer
prova factual, todos os nomeados por meio
de recursos ilegais, ilegítimos ou não auditados.
simplesmente. não se limpa escolhendo o que
jogar para debaixo do tapete. joga-se todo o
lixo fora, simplesmente.
@
o que sofrem, todos; porque me amiguei
no bom sentido
da revista ocas, de sem teto.
#
tá na hora de a gente entender que
em termos de escândalos qualquer contemporização
é ruim para uma efetiva (legítima) resolução
de problemas. não deveria à opinião pública
interessar qualquer promessa por parte do
senado absolutamente corroído por ilegalidades.
deveria, isto sim, ser exigido o desmonte
de toda a parafernália que guiou a casa
nos últimos trinta anos. isso não significa
mandar senadores para casa - muito embora
vários, muitos deles, o mereçam. significa
destituir, sem necessidade de qualquer
prova factual, todos os nomeados por meio
de recursos ilegais, ilegítimos ou não auditados.
simplesmente. não se limpa escolhendo o que
jogar para debaixo do tapete. joga-se todo o
lixo fora, simplesmente.
@
Penetralia said...
Achei interessante aquele seu comentário sobre a armadilha do
penetralia e incluí uma fala sua no texto.
Achei interessante aquele seu comentário sobre a armadilha do
penetralia e incluí uma fala sua no texto.
#
7 de julho, 22h08:
a lu recebe o pacote,
ouve a música e delira,
já imaginando seus passos,
nesta que promete ser a
primeira verdadeira pecinha
dançada de minha vida.
precisarei mandar-lhe algumas
dicas, mas ela tem-nas todas.
nós nos gostamos, e isso basta.
#
mais o tempo passa, mais percebo
que perdi o pique de duvidar de tudo:
ouve a música e delira,
já imaginando seus passos,
nesta que promete ser a
primeira verdadeira pecinha
dançada de minha vida.
precisarei mandar-lhe algumas
dicas, mas ela tem-nas todas.
nós nos gostamos, e isso basta.
#
mais o tempo passa, mais percebo
que perdi o pique de duvidar de tudo:
quero agora mais é acreditar em algo.
#
nada de muito novo a inferir
dessas tentativas nossas de chegarmos
a acordos com quem só quer vantagens.
nada de muito novo, pois as pessoas
e as circunstâncias mal mudam.
não mudam de cor, nem de forma,
não mudam absolutamente nada.
agora pensem nos sarneys da vida.
#
uma coisa que me atrai no lugar onde trabalho
é perceber que existem muitas vidas e muita vida
no mundo subterrâneo deste país afamado:
muita vida que surge sem ao menos esperar
condições para tal; muita circunstância mal
aproveitada, e muito sucesso de onde menos
se espera que ele venha. é o mundo que rege
nosso mundo, e não o sabemos. são empresários
também, mas é gente que vive,
às expensas desse mundo que flutua no ar.
#
foi identificado um sujeito na latinha onde
a cris trabalha; ele teria viajado ao méxico,
e ainda não se sabe se foi realmente contaminado.
foi isolado, como tudo; isolamos tudo, não
tomamos conta do todo. pelo menos fico
sabendo que a cris não está fraca em saúde;
e médico idoso se altera: por que tanta
inalação, isso não faz o menor efeito.
lembro-me de mim, outrora. fico bem.
#
6 de julho, 23h14:
e assisto a moses und aron
e a nietzsche contra wagner
e reparo em como o gerald
continua até certo
ponto a ser o mesmo.
mas algo desde já me afasta
mas me aproximo, também.
as luzes, as luzes.
#
6 de julho, 21h14:
coloco a data para convencê-los
de que me mexo e posto sim:
enquanto vou à usp (ver abaixo)
reparo que me aproximo mais e mais
da sensibilidade de um braxton e congêneres
para escapar das limitações dos gostos
dominantes e para aproximar-me
do momento realmente atual.
tanto que já começa a me incomodar
o jeito clichê que a música aparenta
na grande maioria das peças por aí.
dá para fazer diferente, dá para
experimentar.
#
match point, de woody allen:
incomoda-me o amoralismo do sujeito.
realmente me incomoda.
mas o filme é bom. suficientemente.
#
o alberto guzik (os.dias.e.as.horas.zip.net)
posta declaração do almodovar
sobre pina bausch e me convenço
mais uma vez de que é isso que quero:
de certa forma conseguir alcançar
ponto de vista privilegiado
para aproximar-me mais
da verdade que nos deve
guiar, verdade distante do
preconceito, da ignorância
e da estupidez humanas.
#
peço 100 g de presunto,
o sujeito coloca o dobro, e eu,
ansioso, digo que tá bom,
quando quero dizer menos.
ele me joga isso na cara
quando vou devolver,
fico irritado e devolvo.
#
não tenho a menor idéia por que
essa garota do post abaixo, liliane,
me inclui em seus favoritos, realmente.
vai saber. mesmo assim, obrigado.
#
viajo pelo ig, terra, uol e outros que o valha
e percebo o quanto de lixo nos domina.
é realmente avassaladora a forma pela qual
estes media reduzem a pó qualquer mérito
disto que deveria nos conduzir a um
melhor porto: a opinião pública. face
a isso, qualquer demonstração de ironia,
mesmo a mais rasteira, parece brincadeira.
#
surge a primeira suspeita de gripe suína
na latinha em que a cris, minha esposa,
trabalha. não digo onde por receio. mas
sinto falta do curso de direito que não
fiz porque não tenho a menor intenção
de deixar tudo por isso mesmo.
por enquanto fico pasmo e torço
por ela e por nós.
#
pego meu certificado de conclusão
e o currículo e percebo
que apesar de a filosofia dar um monte
de grana por aí - seja para profes vedetes,
seja em revistas, livros, aconselhamentos, etc.,
eu nunca usufruí um tostão
dos 12 anos que passei por lá, assistindo
sem parar e gastando pencas de grana
com livros e cópias de livros sem conta.
como diria a tabatha, do serviço: otário.
#
assisto cartesius (descartes), de rosellini, e me animo sobremaneira a estudar filosofia, a retomar as leituras sem fim, sem uma direção a tomar. isso é perigoso, pois dispersa meus esforços, e estou em condições tais que não posso me permitir tal privilégio. preciso aproveitar melhor as condições que possuo, que me dominam, que dominam meus passos.
#
Penetralia has left a new comment on your post "por que passar os dias e noites pensando naquilo q...": Gostei do comentário da Liliane.
@
resposta: eu atualizo sempre. simplesmente
cada post cobre um mês. e eu comento
de baixo para cima (ou seja, as primeiras
linhas são as últimas).
@
Odeio quando falam comigo. has left a new comment on your post "entrar na web convenhamos é quase insuportável pel...": Publicado em 30 de junho? E hoje é dia 5 de julho? Não é atualizado sempre? Peninha.
Eu vejo teus comentários no Blog do Gerald Thomas. Meu nome é Liliane e eu moro no Rio de Janeiro. Nem sei de que lugar você é... Ou o povo de lá é. Mas, parecem um grupo bem fechado. Até comentam meus comentários, mas quando eu desapareço ninguém manda um e-mail.
Tá. Já chorei. Não ligue. Tem a ver com carência.
Hum
Adicionei teu blog aos meus favoritos.
Quando quiser trocar palavrinhas de escritor, ou quando quiser trocar figurinhas, sempre no objetivo de me fazer pensar em histórias criativas mande e-mail.
Abraços.
Depois comento os posts, por hora estou somente dando um oi.
Fui.
#
entrar na web convenhamos é quase insuportável pela penca de amigos que surgem conectados e alguns deles que entram em contato de repente e como temos de responder, por educação, a todos de uma só vez. é realmente insuperável este sistema, mas realmente intrusivo também.
#
uma outra maravilha - esta que me deixa encafifado, pois é realmente tão útil - é o site da cet com o estado (congestionamentos, ocorrências, etc.) do trânsito na grande são paulo. agora mesmo fico sabendo que a região norte é a única com engarrafamentos - devidos em parte a dois acidentes com vítimas. é estranhíssimo saber tanto, ao mero clicar da tecla. claro que eu não sei explicar por que ela me deixa encafifado, mas me deixa. sim, me deixa.
#
o real faz quinze anos e não quero nem saber quem é o responsável (foi) pelo dito cujo. sei que eu fiquei realmente traumatizado com as hiperinflações e o real só posso mesmo apoiar e comemorar. não posso me esquecer que eu sempre fui pobre, realmente pobre, independente de qualquer outra condição ou classificação.
#
leio matéria sobre transparência pública (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/07/04/portais+aumentam+transparencia+na+gestao+publica+7119919.html) e fico realmente pasmo com a idade aparentada do weber abramo. meu, o cara parece um ancião, quando no máximo tem dez anos a mais que eu! que foda.
#
quinta:
dedico a primeira hora de serviço a ler matérias estrangeiras sobre materiais, e algo em mim começa a renascer. creio que era fato que eu queria me independentizar com revista, site ou algo similar, e que na medida em que foram sendo colocados empecilhos eu entrei em grande desânimo. agora isto é passado. não vejo problemas em continuar assumindo meu papel e em eu me dedicar da melhor forma que eu imagino. simplesmente o mundo torna-se grande demais para meus planos. e isso me deixa perdido.
#
meu deus,
50 quilômetros de congestionamento
à minha espera?
nunca, nunca!
fico aqui.
prefiro.
#
fico até lisonjeado
de dividir espaço
com eles, lá do lado
no blogue do gerald.
lisonjeado? sim, claro.
só estranho a palavra.
#
leio
os blogues do tutty
e do reinaldo
e começo a gostar de estar vivo.
vivo, eu?
não, não é nada,
é simplesmente o gosto
de ser jornalista como eles
mesmo que ao contrário deles
ninguém me leia - mentira -,
pelo menos ninguém desconhecido.
começo a gostar de minha vida.
mentira.
começo a reconhecê-la.
pois ela sempre foi assim.
#
quase sete da noite enquanto
espero ou finjo que espero
que o trânsito diminua, de olho
no link que a cris me mandou
há alguns dias, da cet.
mas enquanto isso emociono-me
com palavras antigolpistas
no blogue do lúcio, e jogo
algo de mim
como comentários no blogue
do gerald; o que viramos todos,
comentadores de nós mesmos.
leio também matéria sobre o vôo af447,
e não sinto nada. nem me vem à
cabeça que terei de mudar (terei?) algo
na peça pois digo que o avião se partiu
no ar e pelo jeito não foi isso, não;
mas que sou eu, jornalista ou artista.
aqui nesta editora sou mais do que
admirado, e faço por merecê-lo.
mas começo a entender que precisarei
avançar com meus próprios pés
na vida, se quiser aproveitá-la
como ela me foi dada.
@
Rodrigo disse...
O duro é aceitar que esse é o nosso modelo de ídolo ...
#
haverá um dia
uma noite
em que eu irei conseguir
auferir algo de mais de legados
como o de uma
pina bausch, ou de muitos
que vão morrendo como
moscas.
por enquanto,
incitado pela arte,
construo meu vocabulário
restrito por enquanto
a palavras e simples
sugestões de visuais. é limitadíssimo isso que tenho
pois não consigo sair da toca em que me meti
ao traduzir tudo em palavras,
abandonando o leque dos sons e das músicas
sem que uns estivessem
limitados aos outros.
é por isso que eu não consigo
vislumbrar ação sem música,
música sem fala, fala sem sentido.
tudo ainda anda muito imbricado.
preciso claro sair disto tudo,
disto tudo.
#
e percebo
e como percebo que
todas minhas pecinhas
são como que videoclips
em que a música serve
de divisor de águas.
isso está mudando, também,
pois começo a perceber
que o que me trava
é realmente a necessidade
de um incrível controle
de minha parte,
quando na verdade
quero deixar a vida
ditar os passos do que
aparece, e eu não deixo.
parece que aprendo também com a bausch
ou simplesmente
estou viajando
mais uma vez na maionese
pois não entendo nada de nada, e vivo
pouco, muitíssimo pouco.
o pessoal percebe,
como eu me afasto em meu interesse,
como tudo, quase tudo, me parece um grande
déja vu.
mas aceitam.
parece.
é o que aparece.
#
isto não é depressivo,
é uma constatação de que algo me aproxima e afasta do estudo a que tanto me dediquei.
algo me aproxima, pois
ainda me interessa, e algo me afasta porque sinto que não terá - mais - poder para mudar
minha vida. ficarei
em suma ainda mais
ensimesmado em minhas
obsessões e distante
das pessoas, que
são as que mais realmenteme importam.
decisão a tomar, também,
aqui, em meio a tantas
opções, pois a vida
mostra-se retomada.
#
ontem mesmo
avaliei a possibilidade
de um dia, quiçá não demore,
em que eu vá me dispor
a prestar concurso público,
condições eu tenho, pois o conteúdo do trabalho
= pelo menos desse que eu vi =
me agrada realmente,
algo com que eu gostaria
de perder minhas pestanas. e o mundo começa a descortinar-se
de novo
de novo
de novo.
#
a xime entra em mestrado
em história social
e desde já coloca em seu perfil do plaxo.
fico feliz por ela,
que desempenha sua vida a contento,
mas eu não consigo mais imaginar-me
sendo dominado por ambientes como aquele.
é como se eu estivesse engatinhando
na vida, nisso que importa,
nisso a respeito do que
eu havia sido avisado:
você gastou sua vida estudando
e trabalhando; chegou a hora de viver.
simplesmente. e tá difícil.
#
deixo-me dominar
por um medo incrível
ao ler beckett, assimilar braxton,
assistir algo tipo pina bausch.
é um medo realmente
inacreditável, esse,
de saber que preciso trilhar caminho pavimentado
se quiser andar para a frente, e é ao mesmo tempo
uma convicta desconfiança
de tudo isso, pois sei que em arte
é preciso jogar as tripas
para fora, e creio fazê-lotodos os dias, e sou obrigado
a isso, na medida em que mostro-me inassimilável.
#
não sei se valorizo muito meus dias,
perdi o tesão do estudo pelo estudo,
agora só vejo utilidade nisso que faço,
e não é pior assim necessariamente,
mas perdeu um pouco a graça, o que
vejo é que estou em novo processo
de retorno, de voltar às raízes disso
que faço, disso que penso, disso
em meio ao que existo.
muito a fazer, pouco tempo a gastar,
muito tempo a viver comungando
a alma que se afeiçoou a viver comigo.
#
e a cris volta da terapia com uma tosse
brava, como ela já tinha, e ela não quer
ir ao pronto socorro, diz que vão lhe passar
o que já faz, e eu o que fazer, fico
abanando o rabo, sei lá.
fico desolado quanto o que falo
não é levado em conta, mas o fato
é que eu também faço muito isso,
e não posso me queixar mesmo de
muito, muito de menos.
a vida é uma coisa complicada,
mas mais complicada é quando
nós mesmos a complicamos.
#
e entramos em acordo,
ao que parece, as moradoras do 92 e o condomínio,
e exulto, por terminar logo com isso,
mas pondero, é melhor deixar para depois.
&
Penetralia said...
Vc tinha que incluir uma maçaneta de banheiro
falante beckettiana na sua peça, q tal?
#
morre pina bausch;
deixarei eu o mundo real
invadir isto aqui?
#
era uma demanda avassaladora
essa que me dominava em dizer
o que me importava para os outros
quaisquer que poderiam auferir
algo com isso; essa demanda
que me fez convencer minha chefe
a investir num outro evento, numa
cria do evento planejado; mas toda
essa minha ânsia domina meus passos
como se eu nunca tivesse sido ouvido,
como se eu nunca tivesse tido qualquer
importância a uns e a outros:
e essa impotência levou-me a assoberbar-me
de argumentos para convencer os outros
a fazerem o mundo andar pelo mero
fruir do prazer de consegui-lo;
conquisto minhas vitórias todos os dias,
mas é pouco, tão pouco; e viver com
a cris, que não quer mais entender -
ou que não entende - é realmente
encontrar a placidez da paz com o outro.
não quero realmente ser decifrado;
quero sempre ter muito mais do que posso
usufruir, ter muito a mais, como naquele
meu quarto dos livros, onde se eu passasse
a vida toda a ler não conseguiria decifrar
aonde eu queria chegar.
#
muitos de nós insistem em
manter os seus mundos reais,
esses que nos invadem todos os dias
meio que à parte dos seus dilemas
que guiam seus pensamentos
enquanto eu adoro que uns invadam
os outros; mas como em meu caso
há tão pouco de relevante
a compartilhar, digo de minha vida real,
preciso como que viajar em minha própria
maionese para encontrar algo que possa
fazer alguma graça a vocês, que
descansam por aí e chegaram meio
que sem sobreaviso qualquer.
o que mais relevante para mim agora
por exemplo
se não o fato de que como uma maça
meio estragada lá dentro dela
mas que supre minha ânsia momentânea
por algum alimento.
e eis que me preocupo enquanto isso
com o andar da cris, minha querida,
dominada por uma tosse qualquer
e que ontem foi tão maltratada no
santa marina, perto de casa.
não nego que no que me diz
respeito valorizo tanto mais
o que parece comezinho;
mas no caso da cris a história
é outra; realmente me preocupo.
mas fazer o que, me pergunto.
ler um beckett qualquer, fingindo
estar com a bola toda.
arrumar a cama enquanto ela
não chega. esperar que o trânsito
se vá, pois ele me espera
agora.
#
um dia eu vou me ferrar
direto aqui, pois escrevo sem revisar
ao mero fluir das palavras e dos
pensamentos que eu vejo concluir
enquanto digito, sem nada prever;
um dia não terei salvo e ficarei a ver navios;
um dia me ferro. um dia, não agora.
não agora mesmo.
#
é muito estranho saber
que tudo o que somos realmente
torna-se tão fluido assim nesta época:
que tudo o que somos e que experimentamos
pode ser trocado entre pessoas que mal
se conhecem, mas se reconhecem.
e que mesmo assim todas essas pessoas
mostram que vivem umas às expensas
das outras, daquilo que elas podem esperar
de si mesmas; que não vivemos sós.
tudo isso apenas demonstra
o quão revolucionário é mesmo
nosso tempo; e como estamos aferrados
ao passado, esses que se aferram a saberes
imutáveis; tudo muda, hoje, e não
necessariamente para pior; simplesmente
muda, de alguma forma.
entendo isso que o gerald diz, lá no blog dele,
que queremos garantir-nos uma sobrevida,
mas não vejo nada de mal nisso:
é uma opção à nossa disposição.
mas de de adiantou tanta loucura,
para um MJ da vida, refiro-me ao michael,
àquele de quem eu nunca consegui deixar
de me estranhar; de que adiantou ele,
com tanto talento, de sobra, criar sua
terra do nunca. virou um refém dos
próprios sonhos, ou não. virou.
morreu de infarto. morreu porque não
aguentou, ou não. morre de infarto
quem não aguenta o tranco.
e fê-lo aos 50, como um jornalista
sujeito a trancos e barrancos,
ou como um empresário soterrado
por dívidas. morreu soterrado por um mundo
que ele próprio criou e recriou. os outros?
ora, os outros. ele não lidava muito
bem consigo mesmo, essa é a verdade.
não devia lidar, eu só olho mesmo de longe.
como olhamos a nós mesmos de longe, muitas
vezes, muitas vezes, repetidas vezes.
#
nada de muito novo a inferir
dessas tentativas nossas de chegarmos
a acordos com quem só quer vantagens.
nada de muito novo, pois as pessoas
e as circunstâncias mal mudam.
não mudam de cor, nem de forma,
não mudam absolutamente nada.
agora pensem nos sarneys da vida.
#
uma coisa que me atrai no lugar onde trabalho
é perceber que existem muitas vidas e muita vida
no mundo subterrâneo deste país afamado:
muita vida que surge sem ao menos esperar
condições para tal; muita circunstância mal
aproveitada, e muito sucesso de onde menos
se espera que ele venha. é o mundo que rege
nosso mundo, e não o sabemos. são empresários
também, mas é gente que vive,
às expensas desse mundo que flutua no ar.
#
foi identificado um sujeito na latinha onde
a cris trabalha; ele teria viajado ao méxico,
e ainda não se sabe se foi realmente contaminado.
foi isolado, como tudo; isolamos tudo, não
tomamos conta do todo. pelo menos fico
sabendo que a cris não está fraca em saúde;
e médico idoso se altera: por que tanta
inalação, isso não faz o menor efeito.
lembro-me de mim, outrora. fico bem.
#
6 de julho, 23h14:
e assisto a moses und aron
e a nietzsche contra wagner
e reparo em como o gerald
continua até certo
ponto a ser o mesmo.
mas algo desde já me afasta
mas me aproximo, também.
as luzes, as luzes.
#
6 de julho, 21h14:
coloco a data para convencê-los
de que me mexo e posto sim:
enquanto vou à usp (ver abaixo)
reparo que me aproximo mais e mais
da sensibilidade de um braxton e congêneres
para escapar das limitações dos gostos
dominantes e para aproximar-me
do momento realmente atual.
tanto que já começa a me incomodar
o jeito clichê que a música aparenta
na grande maioria das peças por aí.
dá para fazer diferente, dá para
experimentar.
#
match point, de woody allen:
incomoda-me o amoralismo do sujeito.
realmente me incomoda.
mas o filme é bom. suficientemente.
#
o alberto guzik (os.dias.e.as.horas.zip.net)
posta declaração do almodovar
sobre pina bausch e me convenço
mais uma vez de que é isso que quero:
de certa forma conseguir alcançar
ponto de vista privilegiado
para aproximar-me mais
da verdade que nos deve
guiar, verdade distante do
preconceito, da ignorância
e da estupidez humanas.
#
peço 100 g de presunto,
o sujeito coloca o dobro, e eu,
ansioso, digo que tá bom,
quando quero dizer menos.
ele me joga isso na cara
quando vou devolver,
fico irritado e devolvo.
#
não tenho a menor idéia por que
essa garota do post abaixo, liliane,
me inclui em seus favoritos, realmente.
vai saber. mesmo assim, obrigado.
#
viajo pelo ig, terra, uol e outros que o valha
e percebo o quanto de lixo nos domina.
é realmente avassaladora a forma pela qual
estes media reduzem a pó qualquer mérito
disto que deveria nos conduzir a um
melhor porto: a opinião pública. face
a isso, qualquer demonstração de ironia,
mesmo a mais rasteira, parece brincadeira.
#
surge a primeira suspeita de gripe suína
na latinha em que a cris, minha esposa,
trabalha. não digo onde por receio. mas
sinto falta do curso de direito que não
fiz porque não tenho a menor intenção
de deixar tudo por isso mesmo.
por enquanto fico pasmo e torço
por ela e por nós.
#
pego meu certificado de conclusão
e o currículo e percebo
que apesar de a filosofia dar um monte
de grana por aí - seja para profes vedetes,
seja em revistas, livros, aconselhamentos, etc.,
eu nunca usufruí um tostão
dos 12 anos que passei por lá, assistindo
sem parar e gastando pencas de grana
com livros e cópias de livros sem conta.
como diria a tabatha, do serviço: otário.
#
assisto cartesius (descartes), de rosellini, e me animo sobremaneira a estudar filosofia, a retomar as leituras sem fim, sem uma direção a tomar. isso é perigoso, pois dispersa meus esforços, e estou em condições tais que não posso me permitir tal privilégio. preciso aproveitar melhor as condições que possuo, que me dominam, que dominam meus passos.
#
Penetralia has left a new comment on your post "por que passar os dias e noites pensando naquilo q...": Gostei do comentário da Liliane.
@
resposta: eu atualizo sempre. simplesmente
cada post cobre um mês. e eu comento
de baixo para cima (ou seja, as primeiras
linhas são as últimas).
@
Odeio quando falam comigo. has left a new comment on your post "entrar na web convenhamos é quase insuportável pel...": Publicado em 30 de junho? E hoje é dia 5 de julho? Não é atualizado sempre? Peninha.
Eu vejo teus comentários no Blog do Gerald Thomas. Meu nome é Liliane e eu moro no Rio de Janeiro. Nem sei de que lugar você é... Ou o povo de lá é. Mas, parecem um grupo bem fechado. Até comentam meus comentários, mas quando eu desapareço ninguém manda um e-mail.
Tá. Já chorei. Não ligue. Tem a ver com carência.
Hum
Adicionei teu blog aos meus favoritos.
Quando quiser trocar palavrinhas de escritor, ou quando quiser trocar figurinhas, sempre no objetivo de me fazer pensar em histórias criativas mande e-mail.
Abraços.
Depois comento os posts, por hora estou somente dando um oi.
Fui.
#
entrar na web convenhamos é quase insuportável pela penca de amigos que surgem conectados e alguns deles que entram em contato de repente e como temos de responder, por educação, a todos de uma só vez. é realmente insuperável este sistema, mas realmente intrusivo também.
#
uma outra maravilha - esta que me deixa encafifado, pois é realmente tão útil - é o site da cet com o estado (congestionamentos, ocorrências, etc.) do trânsito na grande são paulo. agora mesmo fico sabendo que a região norte é a única com engarrafamentos - devidos em parte a dois acidentes com vítimas. é estranhíssimo saber tanto, ao mero clicar da tecla. claro que eu não sei explicar por que ela me deixa encafifado, mas me deixa. sim, me deixa.
#
o real faz quinze anos e não quero nem saber quem é o responsável (foi) pelo dito cujo. sei que eu fiquei realmente traumatizado com as hiperinflações e o real só posso mesmo apoiar e comemorar. não posso me esquecer que eu sempre fui pobre, realmente pobre, independente de qualquer outra condição ou classificação.
#
leio matéria sobre transparência pública (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/07/04/portais+aumentam+transparencia+na+gestao+publica+7119919.html) e fico realmente pasmo com a idade aparentada do weber abramo. meu, o cara parece um ancião, quando no máximo tem dez anos a mais que eu! que foda.
#
quinta:
dedico a primeira hora de serviço a ler matérias estrangeiras sobre materiais, e algo em mim começa a renascer. creio que era fato que eu queria me independentizar com revista, site ou algo similar, e que na medida em que foram sendo colocados empecilhos eu entrei em grande desânimo. agora isto é passado. não vejo problemas em continuar assumindo meu papel e em eu me dedicar da melhor forma que eu imagino. simplesmente o mundo torna-se grande demais para meus planos. e isso me deixa perdido.
#
meu deus,
50 quilômetros de congestionamento
à minha espera?
nunca, nunca!
fico aqui.
prefiro.
#
fico até lisonjeado
de dividir espaço
com eles, lá do lado
no blogue do gerald.
lisonjeado? sim, claro.
só estranho a palavra.
#
leio
os blogues do tutty
e do reinaldo
e começo a gostar de estar vivo.
vivo, eu?
não, não é nada,
é simplesmente o gosto
de ser jornalista como eles
mesmo que ao contrário deles
ninguém me leia - mentira -,
pelo menos ninguém desconhecido.
começo a gostar de minha vida.
mentira.
começo a reconhecê-la.
pois ela sempre foi assim.
#
quase sete da noite enquanto
espero ou finjo que espero
que o trânsito diminua, de olho
no link que a cris me mandou
há alguns dias, da cet.
mas enquanto isso emociono-me
com palavras antigolpistas
no blogue do lúcio, e jogo
algo de mim
como comentários no blogue
do gerald; o que viramos todos,
comentadores de nós mesmos.
leio também matéria sobre o vôo af447,
e não sinto nada. nem me vem à
cabeça que terei de mudar (terei?) algo
na peça pois digo que o avião se partiu
no ar e pelo jeito não foi isso, não;
mas que sou eu, jornalista ou artista.
aqui nesta editora sou mais do que
admirado, e faço por merecê-lo.
mas começo a entender que precisarei
avançar com meus próprios pés
na vida, se quiser aproveitá-la
como ela me foi dada.
@
Rodrigo disse...
O duro é aceitar que esse é o nosso modelo de ídolo ...
#
haverá um dia
uma noite
em que eu irei conseguir
auferir algo de mais de legados
como o de uma
pina bausch, ou de muitos
que vão morrendo como
moscas.
por enquanto,
incitado pela arte,
construo meu vocabulário
restrito por enquanto
a palavras e simples
sugestões de visuais. é limitadíssimo isso que tenho
pois não consigo sair da toca em que me meti
ao traduzir tudo em palavras,
abandonando o leque dos sons e das músicas
sem que uns estivessem
limitados aos outros.
é por isso que eu não consigo
vislumbrar ação sem música,
música sem fala, fala sem sentido.
tudo ainda anda muito imbricado.
preciso claro sair disto tudo,
disto tudo.
#
e percebo
e como percebo que
todas minhas pecinhas
são como que videoclips
em que a música serve
de divisor de águas.
isso está mudando, também,
pois começo a perceber
que o que me trava
é realmente a necessidade
de um incrível controle
de minha parte,
quando na verdade
quero deixar a vida
ditar os passos do que
aparece, e eu não deixo.
parece que aprendo também com a bausch
ou simplesmente
estou viajando
mais uma vez na maionese
pois não entendo nada de nada, e vivo
pouco, muitíssimo pouco.
o pessoal percebe,
como eu me afasto em meu interesse,
como tudo, quase tudo, me parece um grande
déja vu.
mas aceitam.
parece.
é o que aparece.
#
isto não é depressivo,
é uma constatação de que algo me aproxima e afasta do estudo a que tanto me dediquei.
algo me aproxima, pois
ainda me interessa, e algo me afasta porque sinto que não terá - mais - poder para mudar
minha vida. ficarei
em suma ainda mais
ensimesmado em minhas
obsessões e distante
das pessoas, que
são as que mais realmenteme importam.
decisão a tomar, também,
aqui, em meio a tantas
opções, pois a vida
mostra-se retomada.
#
ontem mesmo
avaliei a possibilidade
de um dia, quiçá não demore,
em que eu vá me dispor
a prestar concurso público,
condições eu tenho, pois o conteúdo do trabalho
= pelo menos desse que eu vi =
me agrada realmente,
algo com que eu gostaria
de perder minhas pestanas. e o mundo começa a descortinar-se
de novo
de novo
de novo.
#
a xime entra em mestrado
em história social
e desde já coloca em seu perfil do plaxo.
fico feliz por ela,
que desempenha sua vida a contento,
mas eu não consigo mais imaginar-me
sendo dominado por ambientes como aquele.
é como se eu estivesse engatinhando
na vida, nisso que importa,
nisso a respeito do que
eu havia sido avisado:
você gastou sua vida estudando
e trabalhando; chegou a hora de viver.
simplesmente. e tá difícil.
#
deixo-me dominar
por um medo incrível
ao ler beckett, assimilar braxton,
assistir algo tipo pina bausch.
é um medo realmente
inacreditável, esse,
de saber que preciso trilhar caminho pavimentado
se quiser andar para a frente, e é ao mesmo tempo
uma convicta desconfiança
de tudo isso, pois sei que em arte
é preciso jogar as tripas
para fora, e creio fazê-lotodos os dias, e sou obrigado
a isso, na medida em que mostro-me inassimilável.
#
não sei se valorizo muito meus dias,
perdi o tesão do estudo pelo estudo,
agora só vejo utilidade nisso que faço,
e não é pior assim necessariamente,
mas perdeu um pouco a graça, o que
vejo é que estou em novo processo
de retorno, de voltar às raízes disso
que faço, disso que penso, disso
em meio ao que existo.
muito a fazer, pouco tempo a gastar,
muito tempo a viver comungando
a alma que se afeiçoou a viver comigo.
#
e a cris volta da terapia com uma tosse
brava, como ela já tinha, e ela não quer
ir ao pronto socorro, diz que vão lhe passar
o que já faz, e eu o que fazer, fico
abanando o rabo, sei lá.
fico desolado quanto o que falo
não é levado em conta, mas o fato
é que eu também faço muito isso,
e não posso me queixar mesmo de
muito, muito de menos.
a vida é uma coisa complicada,
mas mais complicada é quando
nós mesmos a complicamos.
#
e entramos em acordo,
ao que parece, as moradoras do 92 e o condomínio,
e exulto, por terminar logo com isso,
mas pondero, é melhor deixar para depois.
&
Penetralia said...
Vc tinha que incluir uma maçaneta de banheiro
falante beckettiana na sua peça, q tal?
#
morre pina bausch;
deixarei eu o mundo real
invadir isto aqui?
#
era uma demanda avassaladora
essa que me dominava em dizer
o que me importava para os outros
quaisquer que poderiam auferir
algo com isso; essa demanda
que me fez convencer minha chefe
a investir num outro evento, numa
cria do evento planejado; mas toda
essa minha ânsia domina meus passos
como se eu nunca tivesse sido ouvido,
como se eu nunca tivesse tido qualquer
importância a uns e a outros:
e essa impotência levou-me a assoberbar-me
de argumentos para convencer os outros
a fazerem o mundo andar pelo mero
fruir do prazer de consegui-lo;
conquisto minhas vitórias todos os dias,
mas é pouco, tão pouco; e viver com
a cris, que não quer mais entender -
ou que não entende - é realmente
encontrar a placidez da paz com o outro.
não quero realmente ser decifrado;
quero sempre ter muito mais do que posso
usufruir, ter muito a mais, como naquele
meu quarto dos livros, onde se eu passasse
a vida toda a ler não conseguiria decifrar
aonde eu queria chegar.
#
muitos de nós insistem em
manter os seus mundos reais,
esses que nos invadem todos os dias
meio que à parte dos seus dilemas
que guiam seus pensamentos
enquanto eu adoro que uns invadam
os outros; mas como em meu caso
há tão pouco de relevante
a compartilhar, digo de minha vida real,
preciso como que viajar em minha própria
maionese para encontrar algo que possa
fazer alguma graça a vocês, que
descansam por aí e chegaram meio
que sem sobreaviso qualquer.
o que mais relevante para mim agora
por exemplo
se não o fato de que como uma maça
meio estragada lá dentro dela
mas que supre minha ânsia momentânea
por algum alimento.
e eis que me preocupo enquanto isso
com o andar da cris, minha querida,
dominada por uma tosse qualquer
e que ontem foi tão maltratada no
santa marina, perto de casa.
não nego que no que me diz
respeito valorizo tanto mais
o que parece comezinho;
mas no caso da cris a história
é outra; realmente me preocupo.
mas fazer o que, me pergunto.
ler um beckett qualquer, fingindo
estar com a bola toda.
arrumar a cama enquanto ela
não chega. esperar que o trânsito
se vá, pois ele me espera
agora.
#
um dia eu vou me ferrar
direto aqui, pois escrevo sem revisar
ao mero fluir das palavras e dos
pensamentos que eu vejo concluir
enquanto digito, sem nada prever;
um dia não terei salvo e ficarei a ver navios;
um dia me ferro. um dia, não agora.
não agora mesmo.
#
é muito estranho saber
que tudo o que somos realmente
torna-se tão fluido assim nesta época:
que tudo o que somos e que experimentamos
pode ser trocado entre pessoas que mal
se conhecem, mas se reconhecem.
e que mesmo assim todas essas pessoas
mostram que vivem umas às expensas
das outras, daquilo que elas podem esperar
de si mesmas; que não vivemos sós.
tudo isso apenas demonstra
o quão revolucionário é mesmo
nosso tempo; e como estamos aferrados
ao passado, esses que se aferram a saberes
imutáveis; tudo muda, hoje, e não
necessariamente para pior; simplesmente
muda, de alguma forma.
entendo isso que o gerald diz, lá no blog dele,
que queremos garantir-nos uma sobrevida,
mas não vejo nada de mal nisso:
é uma opção à nossa disposição.
mas de de adiantou tanta loucura,
para um MJ da vida, refiro-me ao michael,
àquele de quem eu nunca consegui deixar
de me estranhar; de que adiantou ele,
com tanto talento, de sobra, criar sua
terra do nunca. virou um refém dos
próprios sonhos, ou não. virou.
morreu de infarto. morreu porque não
aguentou, ou não. morre de infarto
quem não aguenta o tranco.
e fê-lo aos 50, como um jornalista
sujeito a trancos e barrancos,
ou como um empresário soterrado
por dívidas. morreu soterrado por um mundo
que ele próprio criou e recriou. os outros?
ora, os outros. ele não lidava muito
bem consigo mesmo, essa é a verdade.
não devia lidar, eu só olho mesmo de longe.
como olhamos a nós mesmos de longe, muitas
vezes, muitas vezes, repetidas vezes.
#
mas agora
eu inicio nova postagem;
irei fazer uma a cada mês,
sempre atualizada de cima para baixo;
fiz as contas: levaria mais de oitenta
anos para esgotar toda o leque de
possibilidades; dessa forma
posso me garantir uma certa
sobrevida, uma certa;
mas para isso preciso também
investir nisso que vocês lêem,
SE lêem (com acento, sem acento?).
não preciso. somos simplesmente
isso que somos, sem tirar nem pôr.
2 Comments:
Vc tinha que incluir uma maçaneta de banheiro falante beckettiana na sua peça, q tal?
Publicado em 30 de junho? E hoje é dia 5 de julho? Não é atualizado sempre? Peninha.
Eu vejo teus comentários no Blog do Gerald Thomas. Meu nome é Liliane e eu moro no Rio de Janeiro. Nem sei de que lugar você é... Ou o povo de lá é. Mas, parecem um grupo bem fechado. Até comentam meus comentários, mas quando eu desapareço ninguém manda um e-mail.
Tá. Já chorei. Não ligue. Tem a ver com carência.
Hum
Adicionei teu blog aos meus favoritos.
Quando quiser trocar palavrinhas de escritor, ou quando quiser trocar figurinhas, sempre no objetivo de me fazer pensar em histórias criativas mande e-mail.
Abraços.
Depois comento os posts, por hora estou somente dando um oi.
Fui.
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